ANDANÇA DE 4 DE DEZEMBRO
Andar, andar, andar, quero andar.
Hoje, o ponto de partida da caminhada foi na Praça José
Cavaline, no Luxemburgo. Segui pelas ruas Perdigão Malheiros, Anita Garibaldi,
Tavares Bastos.
Logo de início, encontrei uma mulher que saia de um prédio e
também foi caminhando.
Ela falou alguma coisa com algumas pessoas próximas e
depois puxou prosa comigo. Falamos sobre joelhos, filhos, coincidências,
meditação... Aí, eu segui pela Conde de
Linhares e ela foi em direção à Prudente de Morais. Prosa rápida, mas
agradável.
Depois, passei pela Praça da Assembléia e segui pela
Barbacena.
Puxa! Tomei um susto quando prestei atenção a algumas
árvores maravilhosas, em uma casa, no quarteirão da Av. Amazonas, entre av. Barbacena
e r. Paracatú. O movimento intenso de
carros da Amazonas, contrastando com aquele oásis de árvores lindas, grandes e
exuberantes, foi um choque. Foi mais uma das deliciosas surpresas das trilhas
urbanas.
Entretanto, pouco depois, outro susto, mas dessa fiquei
apreensiva. Todas as construções do quarteirão em frente ao Hospital Felício
Roxo foram demolidas: o galpão enorme onde ficava a Irffi - loja de pedras
preciosas - as casas, tudo. Meu coração apertou quando vi aquilo. O que
esperar???? Mais um gigantesco prédio? E
para onde vão as árvores???
Bem... segui até a Guajajáras, resolvi o que precisava e
peguei a Barbacena, novamente.
No caminho, uma mulher, uma jovem e três crianças pareciam
perdidas. Uma passante, que estava por perto, parou para ajudá-las e, depois, desviou
seu caminho para orientá-las.
Gentileza. É, gentileza
urbana existe sim.
Depois, segui pela Timbiras, Araguari, Colégio Santo
Agostinho, Aimorés, Diamond, Praça da Assembléia, Antonio Aleixo,
Felipe do Santos. Aqui, uma paradinha comprar coco gelado, no sacolão em frente
ao Estadual Central, e tomar sentada no banquinho junto ao fícus enorme na esquina
da frente – já falei dele na postagem “andança da Indança”.
De volta à trilha... Minas I, Antonio Aleixo, Alagoas,
Getúlio Vargas.
Aí, encontrei um conhecido que é biker. Toda quarta-feira, à
noite, ele é monitor de um grupo que faz passeio noturno de bicicleta, por Belo
Horizonte. Super legal! Conversamos sobre bicicleta, moto, trekking, Belo
Horizonte, história, museus...
Falando em museus...
Sabiam que existem cinquenta e tantos museus em Belo
Horizonte? Eu não tinha ideia. Foi ele quem me contou. Ele fez também um comentou interessante: quando
o brasileiro viaja para o exterior – especialmente Europa - costuma levar uma
lista de museus para visitar, mas os da nossa cidade...
Outro dia, vi uma reportagem de que a UFMG, agora, tem o
curso de museólogo. Espero que isso ajude a dar uma incrementada nos nossos
museus. É muito legal ter nossa história apresentada neles de forma dinâmica e
inteligente. Quanto à divulgação... bem...
Bem, ora de pegar a reta final. Tenho que confessar que
bateu uma “preguicinha”.
Outro dia, vi um militar treinando um grupo, eles faziam um
trekking, num percurso bastante difícil, ele repetia: “um pé depois do outro,
um pé depois do outro”.
Esse “mantra” continua ecoando na minha cabeça e toda vez
que o cansaço bate...
UM PÉ DEPOIS DO OUTRO, UM PÉ DEPOIS DO OUTRO...
Na realidade, esse “mantra” tem me acompanhado em muitas
outras situações de vida:
UM PÉ DEPOIS DO OUTRO, UM PÉ DEPOIS DO OUTRO.
A trilha seguiu pela Getúlio Vargas, Contorno, Prudente e
... de volta a praça José Cavalini, completando os 10km.
Heeiii, só agora, eu me dei conta de que hoje, dia 04 de
dezembro, meu avô, super querido, estaria fazendo aniversário, 117 anos. Ele
nasceu em 1897, mesmo ano da inauguração da, então, nova capital de Minas.
Meu vozão era andarilho também. Ia a todos os cantos de Belo
Horizonte a pé, com alegria e a melhor cara boa do mundo. Essa caminhada de
hoje, certamente, foi dedicada a ele.
Feliz aniversário, Vô, onde quer que você esteja.
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