BORDA DA MATA, MG - segunda parte.
Continuando o passeio pelo município de Borda da Mata, no
sul de Minas...
Um rapaz que faz trilha de moto pela região deu uma dica
sobre “estradinha da Torre”. Pegamos mais informações com a dona de uma das
sorveterias locais, a família dela é dona daquelas terras. Depois tomamos um
delicioso sorvete, entramos no carro e pegamos nosso rumo.
De volta à MG 290, sentido Ouro Fino, entramos numa estradinha
de terra, à esquerda, que fica numa curva, logo após o segundo radar e seguimos
em direção à “Torre”.
A estrada é um charme e ladeada por áreas que mesclam
pastagens e nichos de mata atlântica. Vale lembrar que o bioma original da
região é de mata atlântica.
Encontramos pontos de nascentes de água, marcadas pela
presença da “taboa”, vegetação típica de brejos, várzeas e outros espelhos
d’água.
Algumas curiosidades: As espigas marrons nas pontas indicam que estão em plena
fase de reprodução; dentro existem “milhares” de sementes que se espalham ao
sabor do vento. A taboa tem propriedades terapêuticas e é utilizada pela
Homeopatia e pela Leitura Corporal em diferentes tratamentos.
Continuando...
No caminho, nós
nos deparamos também com pequenas represas e açudes emoldurados pelo visual
exuberante.
Por vezes, tivemos que pegar no pesado e limpar o caminho para poder
continuar.
Num dado momento, encontramos um grupo bem refestelado, em
total deleite, à sombra de uma árvore, no meio da estrada.
Eram várias
belezuras leiteiras acompanhadas por um único varão de corcova grande. Seria
ele um boi zebu? Seria da raça nelore? Aquele tamanho de “giba” e aquela
quantidade de fêmeas ao redor indicariam a capacidade reprodutiva do felizardo?
Bem, vamos voltar ao que interessa.
Para continuar nosso
caminho, tivemos que usar toda a nossa capacidade de negociação e mesmo assim,
não deu muito certo. O grupo não arredou os pés, digo, as patas daquela sombra, por nada desse mundo; sequer as vacas e o varão se ergueram nas
quatro patas.
Aí, tivemos que ser um pouco mais persuasivos sem,
contudo, levantar a ira do grupo.
Ufa! Finalmente, elas e ele se tocaram que ali era uma
estrada e deram licença.
Mais algum tempo de imagens belíssimas e chegamos ao topo.
Mas...
É aqui???
Cadê a vista?
Foi meio
decepcionante, porque não dava para ver muita coisa, apenas muro, cerca e o mato alto.
Com rios de frustração e toneladas de curiosidade,
fizemos mais algumas pesquisas pelos arredores e...
“VOILÀ”!
Achamos um matinho mais baixo, parecendo pisado e
seguimos a pista. Logo à frente, havia um cafezal que contornava toda a encosta
da montanha. No horizonte, aquelas montanhas linda completavam o cenário
deslumbrante.
Com tanta beleza, esse cafezal deve ser bem feliz e os
frutos mais saborosos, pelo menos na minha imaginação.
Hummmm!!!! Que vontade de tomar café com biscoito de
polvilho. Bem mineiro, né???
Vacas e cafezal. Nesse passeio, encontramos paisagens bem
características da outra força econômica do município, a agropecuária, ou
melhor, leite e café.
No caminho de volta, reencontramos as
simpáticas vaquinhas e o garboso boi de corcova. Elas e ele estavam mais receptivos, logo
abriram passagem e fizeram festa remexendo o pescoço.
Mamãe natureza ainda proveu o nosso “lanchinho”: goiabas,
moranguinhos do mato... teve ainda um outro fruto exótico que não conhecíamos,
mas esse não deu pra arriscar não. Comer? Nem pensar.
No passeio, encontramos ainda casas super pitorescas.
Bem, nossa viagem
a Borda da Mata terminou. Ainda ficamos por conhecer a “Cachoeira Cristina”,
mas essa vai ficar para uma próxima.
Com certeza, valeu a pena conhecer esse lugar aconchegante
e pitoresco, de visual deslumbrante e vegetação exuberante.
Um abraço e até a próxima.
Maria Tereza
Fonte:
http://www.tribunabm.com.br/memorial-gente-borda-mata-homenageia-demercindo-costa-brandao/
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