Caminhada entre Alvorada e Serro - um tempo com a natureza.

Andar, andar, quero andar.

Estrada entre Alvorada de Minas e Serro, lugar gostoso de caminhar.
O dia esta nublado e fresco, bem propício para uma caminhada um pouco mais longa.


A região faz parte do complexo da Serra do Espinhaço, a Cordilheira Brasileira, como é também conhecida e que se estende por mais de 1.000km entre Minas e Bahia, de Outro Branco a Xique-Xique.
A formação da Serra do Espinhaço, que contem montanhas, serras, montes, vales, cachoeiras, rios, lagos, cânions ..., data de mais de 2,5 bilhões de anos, do período “proterozóico”.  
Uaaauu... Antigo “pra caramba”.





A região que hoje é rica em nascentes de água, mineiro de ferro, pedra sabão, traz em sua história registros de ouro e diamante. Não é à toa que ela faz parte do Circuito dos Diamantes e da Estrada Real.


    


Andar por aqui é sempre um grande prazer. O visual é sempre mágico.



A paisagem traz uma mistura interessante pastagens, nichos de mata Atlântica, eucaliptos e a poucos km daqui a de cerrado predomina.
A região é produtora do famoso “queijo do Serro”. Uma delícia, por sinal.

O mais gostoso da caminhada é desfrutar da proximidade com a natureza.

Marco alguns km pelas árvores.

No km 2 existem algum vinháticos que são maravilhosos, gigantescos. Nas proximidades são quatro, junto à estrada são dois e logo mais abaixo, mais outros dois. Pelo tamanho devem ter quase uns 100 anos. Essa espécie é comum nessa região que, como toda Serra do Espinhaço, é área de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado.

No km 3, existe o jacarandá que considero o símbolo das poderosas mulheres de Alvorada.


Ele começa reto, vira para um lado desafiando a gravidade e depois segue para outro.
São mais de 100 espécies de jacarandás. Infelizmente, não sei qual é a espécie dessa árvore linda. Jacarandá é outra espécie bem característica dessa região de Minas.
No ano passado ela foi vítima de um incêndio, ficou com uma parte do tronco queimada, mas como uma perfeita obra da natureza, olha como já esta linda, novamente.

Próximo do km 5, olha que beleza de gameleira, provavelmente, centenária



E no km 7...


A cada km mais belezas...
               
 
 

Essas aí pareciam já estarem ornamentadas para o natal. Por todo conto, podia se ver os “enfeitinhos”.

Olha outra linda.
E mais outra
 
E outra...



Posso dizer que essa caminhada teve até trilha sonora. Pena que eu não gravei. A passarada estava poderosa. Várias espécies deram o ar da graça. Várias espécies estavam em bandos, outras em duplas e haviam também os aventureiros solitários.




Alguns urubus voavam em círculos, seguindo as térmicas.

Os gaviões de peito amarelo, apareceram algumas vezes. Em algum lugar da desta árvore, há um deles escondido:




Na volta, de longe, avistei algumas árvores com vários pontos pretos. Ao chegar mais perto, que surpresa linda, quase mágica.





















Num outro canto do caminho, um brilho diferente chamou minha atenção.


Um teia de aranha, perfeitamente tecida, guardava pingos da chuva que caíra. Belíssimo. Uma escultura da natureza. Ou seria uma “instalação” da natureza?

Foram 16 km de muito contato com mãe natureza.

A ONU, em 2005, considerou a Serra do Espinhaço como a sétima reserva da biosfera brasileira, devido a sua grande diversidade de recursos naturais.

Andando por essa paisagem, é possível a gente ver um pouco do grande e maravilhoso que é isso tudo.

Caminhando por aqui a “oração do pai nosso” traduzida do hebraico faz todo sentido do mundo:


“Pai e mãe do cosmo... que possamos sentir a alma da terra, para que possamos sentir toda sabedoria que nela existe”.


Maria Tereza





Referências:



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